sábado, maio 18, 2024
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Casapronta lança disco ‘Sete’ nas plataformas digitais

Sete músicas no dia sete. Sete é um número que representa a essência do músico e compositor Casapronta, que lança neste 7 de abril o primeiro disco como artista solo da carreira.

O numeral é uma referência ao orixá Exú, cultuado no candomblé e na umbanda. Seis das sete  faixas do EP são de autoria do cantor e segundo o artista representa “minhas experiências e  observações acerca do universo do terreiro que frequento, diluídas em poesia, acordes e atabaques. O terreiro está presente de forma marcante nas canções”, disse Casapronta.

Segundo Casapronta, o EP traz o conceito de ‘rock macumba’, tanto pela sonoridade, que mescla rock, blues e percussão que marca a identidade afro-brasileira das canções. O tema que une todas as músicas é a matriz africana do candomblé e umbanda, desde a faixa ‘Dona Maria’, a mais rock do disco, até ‘Reza’, um samba louvação que encerra o disco. “Costumo dizer que minha África é minha casa, minha África é minha cabeça. Enfim, o disco ‘Sete’ traduz em sete canções, meu mundo atual, e meu mundo é onde piso, é meu chão. O disco ‘Sete’ é meu rock macumba”, comentou o artista baiano.

O debut de Casapronta na carreira solo chega com uma série de convidados especiais nas canções. ‘Dona Maria’ traz o guitarrista da banda soteropolitana Meus Amigos Estão Velhos, Bruno Carvalho. ‘Capa Preta’ conta com os acordes do bluesman baiano Eric Assmar. O músico Morotó  Slim aparece na faixa ‘Mandinga’, Dudé Casado é o convidado de ‘Oferenda’, de Sergipe, da banda The Baggios, Julico participa de ‘Matamba’, na faixa ‘Deus é o Cão’ a participação especial de Martin Mendonça, guitarrista da banda da cantora Pitty. Já ‘Reza’ reúne além de Dona Dalva do Samba de Cachoeira, a filha Ana e a neta Any, que são três gerações do samba de roda, traz também Geovani Gallotti na guitarra, Victor Raizeiro no cavaquinho, Clebinho de Iemanjá no violão, Alan Cerqueira nos atabaques e Petry Lordelo no pandeiro.

“A mensagem é, hoje e sempre, a desdemonização do Exu e todo o panteão afro-brasileiro. Continuar na luta contra o preconceito e o racismo e intolerância religiosa, cada vez mais evidente no nosso país, principalmente depois de anos sombrios que vivemos recentemente. Parece que as pessoas esqueceram o respeito ao próximo e o direito de liberdade de cada um. Falar de Exu, Pombagira, ter atabaques nas canções com toques de candomblé e umbanda, falar de deuses e deusas na perspectiva de uma afro-brasilidade, é revolucionário, é enfrentamento”, completou Casapronta.

Além do lançamento do EP ‘Sete’ o artista prepara o lançamento também do clipe de ‘Reza’, no dia 8 de abril, uma segunda-feira, assim como o número 7, associado ao orixá Exú. O vídeo foi dirigido e produzido por Casapronta e Petry Lordelo e imagens de Petry Lordelo.

“Filmamos com um celular, tem minha vida ali, muito de mim agora”, resumiu o artista.

Fotos: Petry Lordelo

Casapronta nasceu Pablício Jorge Santos Barbosa, em Feira de Santana, mas sua vida até os 17 anos foi em Cruz das Almas, no recôncavo baiano. Durante 25 anos fez parte da banda Clube de Patifes e também esteve à frente do projeto Casapronta e os Assentados, assumindo em 2024, carreira com artista solo.

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