O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, desmentiu nesta terça-feira (22) que o governo federal planeje acabar com a multa de rescisão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de 40%, paga ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa. Marinho também afirmou que a redução do FGTS não está nos planos do Executivo.
As declarações do ministro, feitas em uma plataforma digital, ocorrem após circulação de informações nas redes sociais de supostos desejos da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva de acabar com o benefício para equilibrar as contas públicas.
“Fake news: o Ministério do Trabalho e Emprego não cogita ou realiza qualquer debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”, escreveu Marinho.
Na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo estuda ao menos 30 medidas para diminuir os gastos públicos. Segundo a ministra, o Executivo deve enviar as medidas legais de revisão de contas ao Congresso Nacional depois do segundo turno das eleições municipais — marcado para este domingo (27). Tebet, contudo, não detalhou quais são as iniciativas.
Ela explicou que o “pente-fino” em benefícios sociais indevidos foi concluído, e a etapa seguinte requer a aprovação das mudanças, que serão propostas por meio de textos legislativos. A expectativa é tratar as alterações em PECs (Proposta de Emenda à Constituição) ou projetos de lei. A ministra não adiantou quanto deve ser poupado com essas medidas.
“Posso dizer que a gente teria até 30 medidas ao longo do tempo para apresentar na segunda etapa e na terceira etapa. Temos muitas medidas, algumas têm impacto de R$ 1 bilhão, outras de R$ 5 bilhões ou R$ 4 bilhões. Nós selecionamos [para a segunda etapa] aquelas que a gente acha que têm condições de ser aprovadas ou adiantadas, condições de serem discutidas e analisadas pelo Congresso Nacional neste momento”, afirmou.
Tebet declarou que as medidas que serão enviadas ao Legislativo não contemplam todas as mudanças que o Executivo planeja implementar. “Ainda que não sejam as ideais ou aquelas que nós gostaríamos, são as que a política permite, que o momento político permite. Lembrando que nós estamos a, praticamente, dois meses e meio do final do ano legislativo”, justificou.
As informações são do R7