sábado, outubro 26, 2024
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Do parto ao puerpério: a importância do enfermeiro obstétrico no auxílio da mãe e do bebê


O momento do nascimento de um filho geralmente é marcado por muita emoção e expectativa, mas, em alguns casos, também por medo e insegurança. A presença de profissionais capacitados, que transmitam segurança para a mulher e aos seus familiares, é de extrema importância. E o profissional de enfermagem especializado em obstetrícia desempenha esse papel de acompanhar mamãe e bebê, antes, durante e após o parto.  

“Esse profissional acompanha o trabalho de parto, o parto, os cuidados imediatos do pós-parto, além de realizar o monitoramento e avaliação constante tanto da mãe quanto do bebê. A presença de um enfermeiro é muito importante para ajudar a mulher a manter a calma nesse momento. Além disso, o profissional vai administrar as medicações, ter o cuidado na previsão de complicações, já que os enfermeiros especializados em obstetrícia são treinados para ter um olhar mais refinado sobre as possíveis complicações e o cuidado imediato com os recém-nascidos”, afirmou Juliana Borges, que é coordenadora do curso de pós-graduação em Enfermagem Obstétrica.

O aleitamento materno também é um momento de grande importância para mamães e bebês, e ter um auxílio profissional vai ajudar a tornar esse momento mais exitoso. De acordo com Juliana, o enfermeiro fornece um suporte significativo e exerce a função de apoiar, educar e estimular. 

“O profissional explica para a mãe como funciona a amamentação; ensina como realizar a pega correta; informa sobre a frequência das mamadas e sobre a alimentação e a hidratação dessa mãe; reforça o poder da amamentação exclusiva até os seis meses; aconselha sobre a necessidade de uma posição confortável para a mãe e o bebê; orienta a mãe como ela identifica os sinais de fome do bebê; e ajuda no cuidado com os seios  da mãe que, às vezes, racham e o enfermeiro orienta o que fazer para cicatrizar mais rápido para que essa mulher tenha qualidade nessa amamentação”.   

O puerpério, período do vai do pós-parto até a sexta semana, também é um momento em que a atuação do profissional de enfermagem é de grande importância. De acordo com Juliana Borges, essa é uma fase muito delicada para a mulher, com mudanças hormonais muito bruscas, onde a mulher pode começar a desenvolver a depressão pós-parto.  

“Ter o acompanhamento de um enfermeiro é fundamental para garantir a recuperação, o cuidado da mãe e também do bebê. Então o enfermeiro apoia na amamentação, na prevenção de complicações, monitora a recuperação física, o tamanho do útero voltando ao normal, o sangramento vaginal. Se foi cesariana, ele observa como está a cicatrização, orienta o autocuidado da mulher, explica sobre a importância de fazer a higiene adequada. Também orienta sobre a saúde sexual e reprodutiva, em que momento ela tem que entrar com anticoncepcional, qual tipo ela deve usar para não atrapalhar a amamentação”.   

Todos os processos que envolvem a mãe e o bebê formam o vínculo inicial, o que gera impacto no bem-estar da criança e da mãe, fortalecendo o relacionamento entre ambos. Nesse aspecto o profissional de enfermagem também tem um papel importante, conforme destacou a enfermeira.  

“A gente estimula o contato pele a pele da mãe com o bebê, não só na hora da amamentação, mas na hora de colocar o bebê para arrotar. Também tem o método chamado mãe canguru, que a gente usa muito pra crianças prematuras. Então o enfermeiro encoraja esse envolvimento da mãe com o filho e está o tempo inteiro facilitando e ajudando nesse processo. O envolvimento do pai também é muito importante e o profissional de enfermagem ajuda nessa intermediação de trazer o pai para todo o processo do cuidado com a esposa, que se tomou mãe, e o cuidado com o bebê”. 

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