quinta-feira, setembro 19, 2024
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Conheça a historia dos Bambas do Nordeste, uma história de tradição forrozeira

O trio forrozeiro que atualmente é formado pelo Baio do Acordeon (pupilo de Luiz Gonzaga), Carlos Mattheus (triângulo e vocal) e Vivaldo Oliveira (zabumba e vocal), em entrevista a TV Geral e Jornal Folha do Estado para série especial de São João, contam como se mantém há várias décadas levando a tradição nordestina pelo Brasil e animando as maiores festas juninas pelo Nordeste. 

O vocalista, Carlos Matheus, diz que os Bambas do Nordeste começaram em 1975, mas que a semente foi plantada em 1974, quando Baio do Acordeon conheceu, conviveu, fez turnê e ganhou uma sanfona branca de Luiz Gonzaga.

“Tudo aconteceu na primeira vaquejada do Campo do Gado Velho, no dia que Baio chegou de viagem e foi informado que Luiz Gonzaga estava na cidade e aí ele foi levado para conhecer. Por intermédio do radialista Chico Caipira, houve a aproximação de Baio com Luiz Gonzaga e emprestaram até uma sanfona a Baio de 48 baixos e Gonzaga e pediu para que ele tocasse. Naquela época o palco era feito de marquises de loja ou então carroceria de caminhão. Era uma F4000 para Luiz Gonzaga se apresentar e Baio ficou embaixo do palco, dali em diante, Luiz Gonzaga arreia a Sanfona e deixa Baio tocar sozinho e no final foi prometida uma sanfona branca que chegou em três meses e foi assim que surgiu Os Bambas do Nordeste”, conta.

Criando tendências

O conjunto é considerado um dos trios de forró mais tradicionais do Brasil, mas também criaram tendências que foram consolidadas como patrimônio cultural.

“Temos uma alegria muito grande em fazer o que a gente faz. Quando começou lá no ano de 75, Abidias Filho. Diretor artístico da gravadora CBS do Rio de Janeiro, chamou Baio (alagoano) e Jacinto Limeira (paraibano), ambos residentes de Feira de Santana, para formarem o conjunto junto com Binha, Jorge formando assim a primeira formação dos Bambas do Nordeste. Como Jacinto tocava um instrumento inusitado para época, o trombone, que gerou uma inovação no forró e daí veio o registro no Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) registrou que os Bambas foi a banda pioneira a fazer isso e que originou o chamado naipe dos metais”, conta Matheus.

Para além das festividades juninas, os artistas participam de outras expressões culturais de populares como a Micareta de Feira de Santana.

“Tivemos a felicidade de puxar um trio de forró em plena Micareta de Feira de Santana junto com as quadrilhas juninas e os grupos de dança. Quando Luiz Gonzaga criou o forró, ele não pensou só no ritmo. Eu costumo dizer que o curso de administração bebe na fonte de Luiz, pois ele foi o criador, executor, marqueteiro e divulgador do forró, não só no Brasil, como no mundo. Ele pensou em toda cadeia produtiva que envolve o forró como comida e bebida típicas, artesanatos, agricultura familiar, toda economia que envolve a tradição. Quando Luiz foi servir ao exército, na verdade ele vislumbrava um local que tivesse alimentação, estadia e possibilidade de ir ao sudeste divulgar o trabalho dele. Ele foi um artista que planejou tudo e virou esse monstro sagrado. Lembrando que a partir do baião que foi consolidado o primeiro ritmo genuinamente brasileiro, porque antes no Brasil reproduzia gêneros de fora”, ressalta o artista.

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