O bloco As Kuviteiras tradicional bloco de travestidos da capital baiana, sábado (10), com o grupo Oh Polêmico, e na segunda-feira (12), com o cantor Robyssão, no Circuito Osmar (Campo Grande), a partir das 16h. E este ano, vai homenagear a figura de Maria Bonita, mulher forte, nordestina e determinada, com o tema: Maria Bonita, A Rainha do Cangaço.
Maria Bonita foi a primeira mulher a ingressar no cangaço, abrindo espaço para que outras pudessem fazer o mesmo. E só foi possível acontecer, devido ao seu relacionamento com Lampião, o mais temido bandido do sertão nordestino do Brasil, que queria ficar todo tempo ao lado de sua amada.
A história de amor e resistência deste casal impressiona sempre muitas pessoas, e não foi diferente com Higor Henrike, diretor do bloco, popularmente, conhecido como Chôra; por sua passagem pelo Museu dos Bonecos de Cera de Olinda, e assim que entrou, avistou o casal de cangaceiros e ficou impressionado com o realismo das réplicas. Um historiador do local, contou toda a trajetória da dupla. Ele não teve dúvidas quanto ao tema do carnaval das Kuviteiras.
O bloco: As Kuviteiras, tradicional bloco de travestidos da capital baiana, chega aos seus 36 carnavais com muita animação e vontade de realizar um carnaval inesquecível. A agremiação que surgiu na Ladeira da Preguiça, no Centro Histórico de Salvador (BA), atualmente, sediada no Shopping Liberdade, dando ao seu associado conforto e segurança.
As Kuviteiras teve o nome inspirado pela expressão alcoviteira, que de acordo com o dicionário Aurélio significa: mulher que alcovita, leva e traz, e essas características caíram perfeitamente para um bloco de travestidos que tem como essência a irreverência, alegria e empolgação; e, que sempre respeitou a diversidade de gêneros. Pensando nisso, desde 2001, o bloco passou a aceitar a presença de mulheres como associadas, permitindo-as desfilar na avenida juntamente com os homens.
O bloco As Kuviteiras, carinhosamente chamado de “Kuvi” pelos seus associados e diretoria que tem como presidente Antônio Carlos Mascarenhas de Carvalho, o Toinho e o diretor Chôra.
A instituição carnavalesca, que está passando por um processo de transformação, adotou a ideia da sustentabilidade e está apostando a confecção das suas fantasias com material 100% reciclado; o tecido também conhecido como rPet, espécie de poliéster reciclado que é obtido por meio de processo de derretimento do plástico, transformado-o em fibra de poliéster. Além do figurino, o bloco será responsável pela plantação de 1.000 mudas de árvores, através do projeto “Vamos adotar uma árvore”, em parceria com a empresa “Árvore da Sorte”.
Para a diretoria do bloco essa parceria é muito importante, pois são os pioneiros no desfile em levantar a bandeira de preservação do meio ambiente. “Somos o primeiro bloco a pisar na avenida com o pensamento 100% sustentável: do combustível do trio elétrico à fantasia. E ainda vamos gerar frutos com a plantação de 1.000 mudas de árvores”. Chôra pontua ainda a importância de outras agremiações investirem nessa ideia.
