domingo, abril 20, 2025
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Amendoim da Queimadinha: tradição no São João de Feira de Santana

A primeira festa junina presencial após três anos animou os brasileiros na busca por pratos e receitas típicas e entre os favoritos, o tradicional amendoim, principalmente dos vendedores do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana, não pode faltar.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a festa junina movimenta fortemente o consumo de amendoim, sendo o produto com alto custo-benefício, alto valor nutricional, e que faz parte cada vez mais do dia a dia do brasileiro.

A manicure, Priscila Oliveira, que herdou a tradição de revenda de amendoim da mãe, aproveita o período para lucrar com o produto. A comerciante usa as redes sociais para alcançar mais clientes.

“Através da minha mãe que iniciou a tradição de vender amendoim. A procura foi aumentando e ela incentivou a gente a trabalhar com isso no São João. Como ela já tem idade, eu peguei a venda para mim. Eu tenho bastante encomenda, graças a Deus e provavelmente os de festa particular, mesmo sem encomenda, aparecem logo cedo para pegar. Tem muita gente de fora que passa aqui na cidade para pegar. Eu posto muito nas redes sociais, isso ajuda bastante. É uma época muito boa, a melhor época do ano, porque é também muito divertida. Venham encomendar seus amendoins, no fundo do TRE, com a Priscila do amendoim”, recomenda.

Foto: Reginaldo Júnior / Radio Geral

Já Maria Carlinda dos Santos, 70 anos, criou 7 filhos, unicamente com a venda do produto o ano inteiro. “Quando eu fiquei viúva, com 7 filhos para criar, com apenas 25 anos. Para não deixar os filhos se perderem, eu tive que inventar para criar os filhos. Era apenas eu e eles, quem estudava de manhã trabalhava comigo à tarde e quem estudava à tarde, trabalhava pela manhã. Assim eu criei todos, nenhum se perdeu. Todos são casados, formados, todos com dinheiro do amendoim”.

Foto: Reginaldo Júnior / Radio Geral

Dona Carlinda diz que o segredo é gostar do trabalho e por isso, mesmo 45 anos depois, não abandonou. Além disso, a vendedora salienta que gera alguns empregos.

“Tem que saber escolher bem, porque se comprar verde demais, toma prejuízo. Quem não conhece o amendoim não sabe a diferença. Só vemos de fato a qualidade depois que colocamos dentro da água para lavar, aí vemos se é bom ou ruim. Eu compro no centro de abastecimento e tem uma moça também que já entrega a gente. Mas, antes saímos 4 horas da madrugada para comprar o amendoim. São vários processos, é preciso lavar em três águas bem lavadas e com muita água, e na tradição devemos cozinhar a lenha por horas. Hoje em dia a venda caiu, pois muita gente foi para a pista vender, então eu aproveito mais a venda das encomendas com meus fregueses antigos, como a universidade e outros. Chego a fazer 10 sacas quando as encomendas estão boas. Quando os carros passam, as panelas chamam atenção e eles param para comprar o amendoim bem quentinho”, conta.

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