quarta-feira, novembro 27, 2024
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Ivete Sangalo recorda aborto espontâneo, ‘falta de amor’ de Marcelo e baby blues

A cantora Ivete Sangalo, sempre discreta em relação à vida pessoal, resolveu comentar sobre momentos marcantes da maternidade em um bate-apo exclusivo com Thaila Ayala, Julia Faria e Rachel Maia ao podcast Mil e uma Tretas.

A artista, mãe de Marcelo, de 13 anos, e as gêmeas, Marina e Helena, de 5, revelou que o filho mais velho disparou uma frase bastante dolorosa, que a deixou muito triste durante o puerpério.

“Um dia, ele me disse: “Mãe, queria lhe contar uma coisa”. Eu tinha, assim, um mês de “parida”. Ainda estava aquela coisa dos pontos e tal… E ele falou: “Eu amo mais o meu pai do que você”. Aí eu falei: “É, meu filho? Tudo bem”. Aquelas mães-cabeça que leem livro, sabe?. “Tudo bem”. Ele tinha 8 anos e meio. Ele desceu para ir ao mar com o pai. Liguei para a minha terapeuta e “buáa”. E ela falou: “Não… Não deixe seu filho falar isso para você, não. Ele pode até sentir, mas não pode falar isso para você, não”, disse a cantora.

Em seguida, Ivete disse que conversou com o menino, que pediu desculpas e que não queria falar aquilo para a mãe.
 
Peguei o maiô, botei e desci. Mergulhei. Foi o tempo de me fu*** toda com os pontos, pá, pá, pá… Quando eu saí, ele veio correndo: ‘Mãe, eu estava mentindo’. “Não importa. Nunca mais diga para a sua mãe isso. Porque eu sofri muito. Você nunca mais diga isso para a mamãe. Você pode até sentir, chama seu pai para dividir e não guarda só para você. Mas, pelo amor de Deus, não faça mais isso com mamãe. Porque eu fui ao inferno e voltei”, comentou.

Já em relação à gravidez, a baiana de Juazeiro revelou que teve abortos espontâneos, principalmente durante a gravidez ectópica, quando embrião se fixa e se desenvolve fora da cavidade uterina. De acordo com Ivete, após tentar várias vezes, resolveu fazer fertilização in vitro. 

E perdi assistindo à “Sessão da Tarde”, sangrava… Eu dizia “Ah, meu Deus”… E não pode, e perdeu ali, perdeu aqui… Vida que segue. Aí estava passando de carro e vi uma esquina em Salvador  com uma placa: Centro de Fertilização não sei o quê… Entrei (…) “O senhor faz esse trabalho? Como é que é?” ( O médico disse ) “Tem que tirar os óvulos, não sei o quê”… começou com 40 anos. E fui tirando. Como minha reserva ovariana era muito pequena, tirei uns 8. Fiz mais de um ciclo (…) Aí vieram as meninas, souberam que eram gêmeas… E elas vieram“, explicou.

Com a chegada das meninas, Ivete entendeu que a carga seria um pouco maior e descobriu que estava com Baby Blues (transtorno emocional durante o puerpério). 

Marcelo tinha uma posse de oito anos e meio. Meu momento com ele de mãe foi de total: o nascimento, o peito, o olhar, amamentando… Aquele romantismo que a maternidade prega. Quando elas vieram, nutri por elas uma paixão voraz, imediata. E eu senti saudade dele ali na sala. Passei um mês chorando. Fiquei com baby blues porque eu não tinha privacidade com elas porque sempre tinha alguém para me ajudar: amamentava, chorava… Tinha aquela movimentação, meu filho indo para a escola sozinho porque eu estava operada. Tive isso e foi muito mais relacionado à condição, à culpa, do que uma coisa assim, do que meu corpo…Eu chorava. E eu mesma botava as músicas para chorar com as músicas (…) Chorava, fiquei bem inchada, esvaziava. Foi o processo dessa mãe que tem que administrar a vida dos três filhos e sua própria”.

Com informações do Correio

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