Que o cão é conhecido como o melhor amigo do homem muita gente já sabe. Mas o que pouca gente tem conhecimento é que a ciência vem avançando, cada vez mais, na busca de evidências que provem os impactos positivos que a convivência com esse tipo de animal doméstico tem na vida do seu dono, inclusive na sua saúde e no tratamento de doenças.
Uma pesquisa feita no Centro de Interação Humano-Animal da Escola de Medicina da Virginia Commonwealth University (VCU), nos Estados Unidos, apontou que a terapia assistida com cães tem um efeito bastante positivo na vida de idosos acometidos por alguma enfermidade. O estudo mostrou que os pacientes da terceira idade que tiveram contato com cães apresentaram uma melhora significativa no quadro clínico.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU Salvador, Alessandra Bispo, explica que o estudo veio para corroborar o que já vem sendo colocado em prática em alguns hospitais. “A terapia assistida com animais já é uma realidade. Essa opção ajuda pacientes em tratamento de diversas doenças, como síndrome genética, hiperatividade, depressão, mal de Alzheimer, lesão cerebral, entre outras”, pontua.
Na terapia assistida com animais, e especialmente com os cachorros, o animal vira uma ferramenta potente na melhoria da saúde dos indivíduos, com mudanças que podem ser observadas em diversas áreas do corpo. “Entre as principais melhorias que os pacientes apresentam a principal é a emocional, mas há também melhorias importantes na saúde física e cognitiva, já que a presença do animal também incentiva a eles se movimentarem mais e estimularem mais o cérebro”, detalha a médica veterinária.
Alessandra alerta, entretanto, que essa terapia precisa ser monitorada, inserida e avaliada da forma correta. “Esse tipo de intervenção deve ser sempre supervisionada por profissionais de saúde habilitados, que, de preferência, tenham alguma especialidade na área, já que todo processo precisa de muito cuidado e um olhar delicado e atento. A participação de voluntários devidamente treinados é comum, mas também precisa de orientação”, conclui.