O valor da cesta básica de Feira de Santana sofreu elevação de 2,28% em novembro e alcançou R$ 503,24. Trata-se do primeiro aumento após quatro meses seguidos de queda do valor desse conjunto de alimentos. Apenas três alimentos apresentaram queda de preço médio: leite (-6,47%), açúcar (-2,54%) e carne (-0,42%). Dos nove alimentos que registraram alta de preço, aqueles com maiores altas foram tomate (15,80%), farinha (6,54%), feijão (4,20%) e manteiga (4,16%).
No trimestre, o valor da cesta básica teve elevação de 0,20%, puxada, principalmente, pelo tomate (24,62%) e farinha (8,79%). Nesses três meses, a maior queda foi do leite (-18,54%). Quando a referência são os últimos 12 meses, a elevação do valor da cesta chega a 10,50%. E os maiores vilões, nesse caso, são a farinha (42,96%), o leite (36,35%), a manteiga (36,16%), a carne (35,62%) e a banana (33,05%). Os únicos alimentos a apresentarem queda nos 12 meses foram o tomate (-22,31%) e a carne (-1,34%).
Quanto à importância do alimento (preço médio e quantidade estabelecida) na composição da cesta em novembro, verifica-se que a carne permanece se mantém como o item que mais pesa na sacola de compras do feirense. Com a aquisição da carne, o cidadão gastou 25,62% de todo o valor destinado à alimentação. O pão também se mantém como o segundo item mais representativo na composição da cesta básica, tendo representado 15,85% do custo da cesta em novembro.
Focando nas duas refeições mais importantes, percebe-se que o prato de almoço do feirense (arroz, feijão e carne) correspondeu a 36,15% do valor da cesta básica de novembro, percentual um pouco inferior ao observado em outubro,36,75%. O café da manhã(pão, manteiga, café e leite) representou 34,11%do custo da cesta, percentual também inferior ao verificado no mês anterior, de 35,06%.
No que se refere à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 44,89% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em novembro. Trata-se de um comprometimento de um ponto percentual maior que o calculado em outubro(43,89%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 98 horas e 45 minutos, o que significa um aumento de duas horas e 12 minutos do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.
De acordo com a equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) do Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, a definição de cesta básica toma como referência a ração essencial mínima, regulamentada pela Lei Federal n° 399/1938, que dispõe sobre os produtos e suas quantidades suficientes para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Assim, são pesquisados 12 produtos (arroz, feijão, farinha, carne, legume, fruta, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga), conforme regulamenta o Decreto-Lei n° 399/1938, em cerca de 40 estabelecimentos comerciais, reconhecidamente relevantes para aquisição de alimentos na cidade de Feira de Santana.