A presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos dois próximos debates se tornou uma grande dúvida para aliados. Um grupo não era favorável a ida dele para o encontro dos presidenciáveis organizado pela Band, mas o chefe do executivo federal fez questão de participar, agradando outra ala bolsonarista.
O mandatário escutou as estratégias montadas pela sua equipe, mas não se aprofundou na preparação. Para interlocutores, o governante deixou claro que conseguiria confrontar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, avisou que seria firme, caso sentisse alguma provocação dos seus adversários.
A campanha ficou preocupada, pois sabe que Bolsonaro é uma bomba-relógio e, quando irritado, não costuma controlar suas declarações. O primeiro bloco foi comemorado por todos, porque o presidente seguiu a estratégia, encurralando o petista no debate sobre corrupção.
No entanto, o banho de água fria aconteceu no momento em que o chefe do executivo federal perdeu o controle e atacou a jornalista Vera Magalhães. A cúpula do PL, ainda no segundo bloco, ligou e enviou mensagens para eleitoras e identificou o descontentamento da imensa maioria por causa do comportamento do governante.
Desta forma, o conselho dado para Bolsonaro, no intervalo, foi para ele mostrar ações que o governo federal realizou nos últimos anos em defesa da mulher. Porém, com pouco domínio sobre o assunto, o governante se atrapalhou e demonstrou nervosismo.
O tema corrupção, que era o grande protagonista, virou coadjuvante, já que o assunto machismo ganhou o centro das atenções. A repercussão foi lamentada e agora o grupo que defende que Bolsonaro não vá aos debates aumentou muito.
No entanto, o chefe do executivo federal avisou que quer estar presente no encontro dos presidenciáveis organizado pelo SBT. E há também uma questão sem resposta: é uma boa ideia não ir ao debate da Globo, tratado como o principal? O martelo só deve ser batido quando os dois debates estiverem pertos de acontecerem.
Com informações do IG