“Senti muita dor de cabeça. Febre, 39º. Bastante fraqueza. Bastante dor na barriga. Diarreia. Dor nos ossos. Dor na perna. Dor em tudo”. Esses são alguns dos sintomas de dengue narrados pelo cabeleireiro Pedro Jaicé, morador da cidade do Guará I, no Distrito Federal.
Pedro pegou a doença no começo de fevereiro e teve de ficar alguns dias afastado do trabalho.
“Eu acredito que a dengue eu peguei, porque tem um carro do lado da minha casa que foi encontrado foco do mosquito, quando os agentes vieram me fazer uma visita. Ou então na academia. Depois do diagnóstico fui no posto e tomei soro. Voltei e fiquei em casa. E aí fui só me hidratando com soro caseiro, com água, com suco”.
Entender esses sinais é importante na busca do tratamento adequado.
O infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, explica que a dengue não tem os sintomas de doenças respiratórias, como a covid-19. “A dengue não tem tosse, não tem coriza, não tem secreção. Normalmente são doenças que acometem o nosso organismo com febre, mal estar, dor de cabeça. Cada indíviduo reage de um jeito. Tem gente que tem gripe com ou sem dor de cabeça. Tem gente que tem dengue sem manchas na pele. Outro apresenta manchas na pele. Uns tem muita dor articular. Outros tem mais mal estar. A doença é variável de pessoa a pessoa”.
A dengue é uma doença dinâmica e pode evoluir rapidamente para sua forma grave com ou sem sangramento.
O paciente pode entrar na chamada fase crítica após três a sete dias do início dos sintomas.
O infectologista Renato Kfouri alerta para esses sinais de alarme. “Dor abdominal, vômitos, desmaios, tonturas, sangramentos são sinais de alarme que a dengue pode estar evoluindo da dengue clássica para a uma dengue grave. Nesse caso requer sempre hospitalização. A dengue grave é a que apresenta um desses sintomas não necessariamente hemorrágica, não necessariamente com sangramento, precisa sempre ser hospitalizado para ter tratamento adequado”.
Segundo o Ministério da Saúde, as 24 e 48 horas seguintes aos sinais de alarme são determinantes para evitar casos graves e até a morte.
Gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como asma, diabetes e pressão alta são mais suscetíveis a complicações.
Em caso de dengue, a hidratação é fundamental. Para dor ou febre, dipirona ou paracetamol são os medicamentos indicados.
Já corticóides, aspirinas e antiinflamatórios são contraindicados.
Com informações da Agencia Brasil