O tetracampeão mundial Sebastian Vettel anunciou sua aposentadoria da Fórmula 1 para o final desta temporada, dizendo nesta quinta-feira (28) que seus objetivos mudaram e que ele quer se concentrar mais na família e interesses fora do esporte.
O alemão de 35 anos, que pilota pela equipe Aston Martin, conquistou seus títulos com a Red Bull entre 2010 e 2013 e também passou seis temporadas na Ferrari.
Ele fez o anúncio antes do Grande Prêmio da Hungria deste fim de semana, a 13ª corrida da temporada e última corrida antes do intervalo de agosto.
“Anuncio minha aposentadoria da Fórmula 1 ao final da temporada de 2022”, disse ele em um comunicado em vídeo explicando seus motivos em uma página recém-criada no Instagram.
“Eu amo este esporte. Ele tem sido central na minha vida desde que me lembro. Mas tanto quanto há vida na pista, há minha vida fora dela também. Ser um piloto de corrida nunca foi minha única identidade”, acrescentou.
“Ao lado das corridas, criei uma família e adoro estar perto deles. Criei outros interesses fora da Fórmula 1”, explicou.
Vettel, que se tornou cada vez mais franco em uma série de tópicos, do meio ambiente aos direitos LGBTQIA+, disse que a Fórmula 1 está cada vez mais em conflito com sua vida pessoal.
“Meus objetivos passaram de vencer corridas e lutar por campeonatos para ver meus filhos crescerem, transmitir meus valores, ajudá-los quando caem, ouvi-los quando precisam de mim, não ter que dizer adeus e, o mais importante, poder aprender com eles e deixá-los me inspirar”, disse ele.
“Sinto que vivemos em tempos muito decisivos e como todos moldamos esses próximos anos determinará nossas vidas”, afirmou Vettel.
“Minha paixão vem com certos aspectos que aprendi a não gostar”, ponderou.
Vettel disse em maio que a mudança climática o fez questionar seu trabalho como piloto de corrida.
Questionado então se sua posição sobre o meio ambiente e o aquecimento global o tornava um hipócrita, considerando que ele fazia parte de um esporte “devorador de gasolina” em uma equipe patrocinada pela gigante petrolífera saudita Aramco, ele admitiu que sim.
“Há perguntas que me faço todos os dias e não sou um santo”, disse ele então.
Com informações da CNN Brasil