Quem tem dinheiro esquecido nos bancos já pode solicitar o recebimento. O Sistema de Valores a Receber (SVR) voltou a funcionar às 10h desta terça-feira (7). Os valores estão disponíveis para consulta desde o dia 28 de fevereiro. Milhares de pessoas já estão congestionando o sistema de informações do Banco Central para fazerem suas consultas. Para os que irão receber dinheiro de volta, o sistema informa, a partir de hoje, quando e como será feita a devolução da quantia deixada nos bancos, em décadas passadas.
O que é o SRV
Carlos Eduardo Oliveira, conselheiro do Regional de Economia de São Paulo, explica que o sistema foi criado pelo Banco Central para que as pessoas possam verificar se possuem algum dinheiro em contas que abriram em bancos no passado. “São contas correntes que na década de 80 e um pouquinho na década de 90 também as pessoas deixaram com dinheiro”, informa
Como Solicitar o pagamento
Para consultar se há valores a receber em bancos e outras instituições, basta acessar o site valores a receber. Carlos Oliveira alerta aos usuários sobre os perigos de possíveis golpes. “Cuidado para não cair em armadilha, ou o site do Banco Central, ou o aplicativo do Banco Central. São esses os dois meios oficiais”, orienta.
No caso de pessoas físicas, para fazer a consulta basta informar o CPF e a data de nascimento. No caso de pessoas jurídicas, as informações necessárias são o CNPJ e a data de abertura da empresa. Caso haja algum valor a receber, o interessado poderá acessar o SRV com a conta Gov.
- Ao consultar o site e verificar se há algum valor a receber, o usuário também deverá observar a data em que poderá sacar o dinheiro;
- No período em que o interessado poderá solicitar a retirada do valor, o mesmo deverá fazer o login com a conta Gov;
- Ler e aceitar os termos de responsabilidade;
Após esses passos, o sistema poderá indicar duas opções: “solicitar por aqui”, para devolução do valor via Pix ou “solicitar via instituição”, para aqueles que não possuem Pix.
De acordo com o Banco Central, no SVR há valores a receber para um total de 38 milhões de CPFs e 2 milhões de CNPJs, referentes a:
- Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente;
- Contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível;
- Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível; e
- Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Pessoas falecidas
Para consultar valores de pessoas falecidas, é necessário ser herdeiro(a), testamentário(a), inventariante ou representante legal do mesmo. Caso tenha algum desses vínculos com o falecido, basta informar o CPF e a data de nascimento do indivíduo, caso haja algum valor a solicitar, o usuário deverá acessar o SVR com a sua própria conta Gov. Após o login, o interessado deverá acessar a aba “Valores para Pessoas Falecidas” e aceitar o Termo de Responsabilidade de consulta a dados de terceiros.
Otto Nogami, economista, orienta que caso esse seja um valor inesperado o indicado é que seja feito uma reserva de emergência, para garantir um futuro tranquilo e manter a qualidade de vida.
“Às pessoas que têm créditos a ver no SVR, a recomendação seria a de aplicar em algo que menos acompanhe a taxa de juros Selic de 13,75% para não perder contra inflação e assim começar a formar a sua reserva”, informa o especialista.
Com informações do Brasil 61