Da resistência à cultura: o simbólico encontro entre os navios negreiros e o reconhecimento da cultura africana no Brasil inspirou Majur a criar “Gira Mundo”, seu mais novo álbum, já disponível em todas as plataformas de streaming.
O disco, com 16 faixas em iorubá, explora uma estética afropop contemporânea e se destaca pelo uso de instrumentos orquestrais, como piano, baixo acústico, clarins e atabaques. Sob direção musical baiana de Ícaro Sá e Ícaro Santiago, a cantora e compositora homenageia, em cada música, uma força da natureza — os orixás, como são conhecidos no Brasil — com cantigas e mensagens.
Gravado na Bahia, o novo álbum de Majur tem como faixa foco “Iroko”, que no candomblé significa tempo, a passagem das gerações e a força da natureza.
“Estou usando o tempo para demarcar a cultura no Brasil sob outro olhar, sob outra narrativa. Por isso, eu escolhi a música principal do álbum como ‘Iroko’. Já que o tempo está acima de todas as coisas e abaixo de Deus”, explica Majur.
“Oxumaré e Ewá”, “Ibeji” e “Oxalá” (última música da tracklist) são outros três destaques do disco.