Por: Cristiano Alves / Jornal Folha do Estado
O Bahia de Feira pode continuar no cenário esportivo profissional em 2025, com o comando do Grupo Nobre. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Jodilton Souza, revelou que está em conversas para garantir a permanência da equipe, indicando que a chance de seguir no futebol com o Tremendão é concreta. Após o rebaixamento à 2ª divisão, o futuro do clube ficou em suspenso, mas a reviravolta está sendo considerada.
O descenso para a Série B do Campeonato Baiano em 2025 foi um duro golpe para a diretoria do Bahia de Feira, a ponto de Jodilton Souza, junto com seu filho Thiago Souza, presidente executivo do clube, anunciarem afastamento das atividades esportivas. O impacto abalou profundamente a direção, deixando no ar a possibilidade de vender o controle do clube ou até mesmo suspender as atividades profissionais do Tremendão.
Contudo, Jodilton Souza afirmou estar repensando sua decisão inicial e considera seguir no comando do clube. “Já tivemos reuniões com o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ricardo Lima, e estamos conversando com empresas, como a União Médica, para viabilizar parcerias que ajudem na visibilidade de marcas. O futebol é um grande atrativo nesse sentido”, explicou o dirigente, ressaltando que o futuro do Bahia de Feira depende de análises estratégicas em andamento.
O presidente do Conselho Deliberativo também destacou que o principal desafio para manter o Bahia de Feira em atividade no próximo ano não é financeiro, mas emocional e físico. “Foi um desgaste muito grande, mas sabemos que o clube tem uma marca forte. Se tanto o Bahia de Feira quanto o Fluminense de Feira conseguirem o acesso, será uma vitória não só para nós, mas para o esporte em Feira de Santana”, comentou Jodilton, sublinhando o potencial de impacto positivo para a cidade.
Sobre a possibilidade do Bahia de Feira se tornar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), Jodilton foi enfático em descartar a ideia. “O Bahia de Feira é uma empresa de sociedade limitada. Não precisamos nos tornar SAF, pois o Grupo Nobre já é o maior investidor do clube”, afirmou, afastando especulações sobre uma eventual mudança na estrutura administrativa do Tremendão.
Caso o Bahia de Feira continue em atividade, Jodilton adiantou que a estrutura organizacional do clube deve permanecer a mesma, com Thiago Souza na presidência executiva e Mayara Correa à frente de outras áreas. A única mudança ventilada seria a possível contratação de um gestor específico para o futebol, mas isso ainda depende de análises em curso. “Hoje, diria que temos 60% de chance de disputar a Série B do Baiano em 2025. No momento certo, faremos um anúncio oficial”, concluiu o dirigente.
