segunda-feira, novembro 25, 2024
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Lançado em Cachoeira, Recôncavo Afro Festival divulga atrações e reafirma compromisso com as tradições negras do território

Foi lançado na última quarta-feira (16), às margens do Rio Paraguaçu, em Cachoeira, a primeira edição do Recôncavo Afro Festival (RAF). O evento multilinguagem, itinerante e gratuito vai percorrer o território do Recôncavo Baiano e culminar na capital entre novembro e dezembro de 2024, promovendo a rota turística e fortalecendo os fazedores e fazedoras de cultura negra da região. Com datas, locais e seleção de artistas já definidos, o RAF divulgou, dentre outras novidades, atrações como o Samba de Roda de Dona Dalva, as cantoras Sued Nunes, Nelma Marks e MC Jayne e Samba do Lu e Convidados.

Com participação da imprensa, representantes públicos e convidados, um coquetel de lançamento marcou o início desse projeto de valorização da riqueza e diversidade da herança africana no Brasil, que pretende criar oportunidades de visibilidade e empoderamento para artistas e empreendedores negros, como destacou Luciana Brasil, fundadora da Odé Produções, idealizadora do evento:

“Esse Festival foi pensado pela Odé Produções, que é uma produtora nascida aqui, no Recôncavo, com seis anos de caminhada. Nosso foco é potencializar nossos artistas e projetos. E nesse processo de conexão com essa efervescência cultural de Cachoeira e em conversas entre amigos e parcerias, nasce o RAF”, disse.

Das rodas de samba aos cinemas, do reggae ao pagode, dos monumentos históricos aos grafites, o RAF contará com uma programação diversificada e gratuita dentro das categorias Música Instrumental, Audiovisual, Artes Visuais e Cênicas (dança). O evento será realizado nas seguintes datas e cidades:

20 a 24/11 em Cachoeira

21 a 24/11 em São Félix 

28 a 30/11 em Maragogipe 

05 a 07/12 em Santo Amaro

12 a 15/12 em Salvador

Através de uma chamada pública, foram selecionados 40 artistas e grupos. Os profissionais foram escolhidos através de uma seleção que atendeu uma série de pré-requisitos, entre eles ser natural e/ou residente do Recôncavo. Os critérios foram avaliados por uma curadoria especializada formada pelo coordenador Marvin Pereira e os curadores Vinicius Freitas (Música Instrumental); Samir Suzart (Artes Cênicas – Dança); Everlane Moraes (Audiovisual); e Shai Andrade (Artes Visuais). O resultado final foi divulgado no dia 1º de outubro e está disponível no site https://www.reconcavoafrofestival.com/inscricoes.

Também estiveram presentes no lançamento os representantes da cultura dos municípios: o Secretário de Cultura e Turismo de Cachoeira, Marcelo Souza e o assessor Antônio Moraes; o presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Cachoeira, Marcos Couto; o Secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Santo Amaro, Moyses Neto; a Diretora do Departamento de Cultura de São Félix, Elba Matos; a vice-diretora do Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Silvia Pereira; e o Representante Territorial de Cultura do Recôncavo (RTCs) da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), Thell Góes. A ocasião recebeu ainda as apresentações musicais de Nelma Marks, Gian Pedro, Higor Bass, vocalista da Banda Flexada, e a Orquestra Popular SC.                             


Pré-estreia do filme “Malês”

Uma das novidades anunciadas em primeira mão foi a pré-estreia do filme “Malês”, que tem direção de Antônio Pitanga, durante o Festival. O longa, que foi gravado em Cachoeira, teve exibição oficial neste mês de outubro, no Rio de Janeiro. “A gente recebeu a confirmação de que vamos ter a exibição do filme Malês, que foi dirigido e gravado em Cachoeira, e que era um desejo grande do Pitanga de exibir no Recôncavo. A Bahia será o segundo estado a exibir o filme”, noticiou Everlane de Moraes, curadora Audiovisual do RAF.

Com elenco composto por Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Rodrigo dos Santos e Patrícia Pillar, o longa traz uma narrativa baseada em fatos históricos, onde retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história organizada por negros escravizados na Bahia, em Salvador durante 1835, levantando pautas contra o racismo extremo e à intolerância religiosa. 

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