sexta-feira, outubro 18, 2024
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Pesquisa revela disputa acirrada para prefeitura de Feira de Santana

A menos de duas semanas para a votação, a eleição em Feira de Santana está indefinida. O levantamento Atlas Intel/A TARDE sinaliza que a diferença percentual reduzida entre os dois primeiros candidatos não permite afirmar que a disputa está decidida.

Segundo a pesquisa, 50,7% dos eleitores afirmam votar em José Ronaldo (União Brasil) e 45% em Zé Neto (PT). Carlos Medeiros (Novo) tem 1,6%, Brancos e Nulos 2,7% e indecisos apresentam o surpreendente índice de 0%, o que demonstra um eleitorado bastante decidido na Princesa do Sertão.

O petista tem larga vantagem entre os eleitores mais jovens, de 16 a 24 anos, com 72% das intenções de voto. Entre os que ganham menos de R$ 2 mil, os candidatos estão empatados, mas José Ronaldo tem 62,6% dos eleitores que ganham de R$ 2 a 3 mil e 55,5% de quem ganha Bolsa Família.

No recorte por instrução, José Ronaldo detém 66,3% dos eleitores que possuem apenas o ensino fundamental, enquanto Zé Neto lidera (52,8%) entre os que concluíram ou estão cursando o ensino médio, confirmando sua maior inserção entre os mais jovens.

Com a margem de menos de um ponto percentual acima dos 50% e uma distância inferior a seis pontos entre os dois candidatos, dentro da margem de erro (que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos), o analista de risco político da Atlas Intel, Yuri Sanches, não tem como afirmar que a eleição está decidida.

“José Ronaldo está no limiar de vencer no 1º turno, mas não dá para cravar por conta da margem de erro e da dinâmica da política”, diz o analista, que vê em Feira de Santana uma das eleições mais disputadas hoje na Bahia. “Existe uma chance relevante de decidir no 1º turno, mas ainda tem um certo suspense”.

Na opinião de Yuri Sanches, a vantagem de José Ronaldo se deve aos votos herdados de outros candidatos. “Em abril ainda tinha Pablo Roberto (PSDB) com 10,3% e Capitão Alden (PL) com 5,1%. O José Ronaldo conseguiu atrair esses eleitores”, analisa, citando os dois candidatos que desistiram da disputa.

Em votos válidos, José Ronaldo tem 52,1% contra 46,3% de Zé Neto. Num eventual segundo turno, a variação também seria mínima. José Ronaldo teria 51% enquanto Zé Neto ficaria com 45%, mantendo a distância de seis pontos percentuais, ainda no limite da margem de erro, configurando empate técnico.

Rejeição

Para Yuri Sanches, a principal razão para a liderança do ex-prefeito foi conseguir se descolar da enorme rejeição do atual prefeito Colbert Martins (MDB), que foi vice de José Ronaldo. Além disso, a campanha do União Brasil conseguiu fugir da polarização entre Lula e Bolsonaro, marca da última eleição presidencial e também da disputa estadual.

“Em abril, o maior desafio de José Ronaldo era conseguir se desvincular de Colbert. O União Brasil mostrou habilidade para dialogar com o eleitorado lulista, mesmo com apoio do PL” explicou o analista.

Em sua leitura de cenário, ele destaca que o eleitor se acostumou com a ideia de que “quem votou no Lula é lulista e quem votou em Bolsonaro é bolsonarista, o que não é verdade”, disse Sanches.

Reversão

A possibilidade de reviravolta existe, mas passa necessariamente pela conquista, ou recuperação, do eleitorado que rejeitou Bolsonaro e escolheu Lula. Segundo a pesquisa AtlasIntel/A TARDE, Zé Neto tem a maioria dos votos dos eleitores de Lula (71,3%), mas José Ronaldo ainda fica com 26% dos votos dados ao atual presidente.

Da mesma forma, 19,8% dos eleitores que disseram ter votado no governador Jerônimo Rodrigues pretendem votar no ex-prefeito, contra 79,9% de intenções declaradas a Zé Neto. Para o analista, uma reversão do quadro atual passa necessariamente por esses eleitores. “Zé Neto teria que penetrar no eleitorado de Lula”, diz Yuri Sanches.

O analista avalia que existe no eleitorado uma ânsia de mudança, devido à péssima avaliação da gestão atual. No entanto, há também uma resistência a um candidato que não tem experiência de gestão.

Por isso, a participação de líderes petistas, como o governador Jerônimo Rodrigues e o ministro e ex-governador Rui Costa, podem ser decisivos na reta final, para reforçar o alinhamento com as esferas estadual e federal e reconquistar o eleitor de Lula que hoje não tem intenção de votar no candidato petista.

A Pesquisa AtlasIntel/A TARDE ouviu 798 pessoas em Feira de Santana, no período de 18/09/2024 a 23/09/2024. Registro no TSE: BA-05542/2024.

Com informações do A Tarde

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