José Neto, candidato do PT à prefeitura de Feira de Santana, participou da sabatina do Pool de Comunicação liderado pelo Jornal Folha do Estado e com a maior cobertura online da cidade (Rádio Geral, TV Geral, Conectado News, Levante a voz, Jornal Folha do Estado e Portal MF). Na entrevista, conduzida pelo jornalista Luiz Santos e moderado pelo jornalista Reginaldo Júnior, o candidato começou respondendo porque quer ser prefeito da Princesa do Sertão
“No ano de 96 o PT tinha tido apenas 100 votos e me tornei candidato e disse nós vamos reestruturar o partido. Desde então a gente vem numa ascensão, fui deputado 2000, das 6 eleições entre deputado estadual e federal, eu fui o mais votado, principalmente nas duas últimas como federal. Por que José Neto quer ser prefeito? Porque tem um acúmulo de participações e disputas na cidade que acabaram me dando mais musculatura política. Dentro do grupo eu digo todos os dias, não é a eleição de Zé Neto, é a eleição de um grupo de pessoas na cidade que querem tirar a Feira do isolamento e de todo esse processo de dificuldade que ela vive. Eu não tenho dúvida nenhuma que essa eleição a gente vai ganhar, porque acumulamos forças partidárias, mais diálogos com setores da cidade e temos com o governo federal e estadual condições de fazer com que Feira saia desse isolamento e com essa união vamos fazer nossa cidade se desenvolver como merece“, destaca.
O advogado por formação, se eleito, promete reinventar todo sistema de transporte coletivo da cidade com a colaboração do Ministério Público, universidades e representantes das comunidades.
“Meu adversário quando chegou em Feira tinha 48% da população pegando transporte público e de van, mas ele se juntou lá com os donos das empresas de ônibus e acabou com os sistemas de vans. Então as pessoas começaram a ir pelos transbordos, mas apenas 7% da população fazia isso. Venderam ‘alhos por bugalhos’, vimos o transporte minguar e hoje é um dos mais críticos problemas da cidade. Vamos zerar tudo e chamar todo mundo, vamos para o Conselho de transporte, vamos colocar o Ministério Público, as universidades e as representações das comunidades. É assim que tem que fazer! Porque ´certo é recriar linhas, compor um sistema de vans e ônibus que reintegre ao que no passado funcionou. Tem que ter um sistema integrado e ônibus como principal eixo”
Movimento estudantis e organização sindical
O candidato fala da importância dos movimentos estudantis e organizações sindicais para sua formação política e de toda contribuição para a sociedade feirense.
“Vim do movimento estudantil quando estudei na UFBA e era ligado ao PT. Comecei a trabalhar aqui na cidade muito antes de me formar, me projetei como um advogado conhecido de Feira. Ajudei a criar os sindicatos do radialista, dos padeiros, reestruturamos o sindicato da construção civil, dos frentistas e outros tantos. Fui trabalhando sempre com foco nos movimentos trabalhistas, de uma política de enfrentamento às questões habitacionais dos bairros Feira X, do Fera IX e expansão, do Viveiros e todos eles. Me envolvi também com as questões relacionadas ao Feiraguay, advogado da primeira associação criamos o primeiro estatuto, conseguimos reverter uma situação quando queriam tirar os trabalhadores do centro sem dar opção de outro caminho”.
Cultura e Esporte
Zé Neto diz que fará uma reforma administrativa em Feira de Santana.
“Tem secretarias que precisam permanecer. Por exemplo a Secretaria de Cultura Esporte e Lazer, mas não na mesma pasta porque temos que ter políticas claras nas duas secretarias. Eu sou muito ligado a cultura, fizemos muitos eventos culturais como o Festival de Forró, a maior cavalgada da história de Feira com 35 mil pessoas, retomamos a Corrida de Jegues, além de um trabalho permanente com os eventos culturais da cidade isso está na minha construção enquanto pessoa. Com o esporte a mesma coisa. Ajudamos as corridas, inclusive a primeira Maratona que aconteceu em Feira aconteceu porque ajudamos nesse desafio, colocamos a SUIDESB (A Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia), entre outros. Então a gente tem que ter esporte e cultura, bem como a gente precisa ter, por exemplo, uma secretaria em defesa das mulheres “, explica.
Segurança e Ação Social
O petista argumenta que segurança pública é determinado por um conjunto de fatores sociais que vão além do policiamento.
“Vocês não terão mais um prefeito como esse daí que fica todo dia falando de segurança pública como se fosse só polícia. Segurança pública é acima de tudo acolhedor! Segurança pública é tratamento para que nossos jovens tenham políticas públicas. Se você chega em um bairro violento e da iluminação, escola de tempo integral, faz um trabalho com esporte e com a cultura, quero ver não melhorar a situação. Quem abraçou o Caseb e a Rocinha fui eu. Até a rua Colbert Martins na Rocinha quem calçou, até a rua com o nome dele estava toda destruída. Calçamos lá 15 ruas e vamos calçar mais 6, não ficará uma rua na Rocinha sem calçar. Vamos fazer como fizemos na Lagoa Grande, onde eles criaram um factóide que a obra não estava entregue e não tinha acabado. Tudo mentira! A obra acabou em 2016, naquela etapa e eles não receberam. Fizeram isso para poder se esquivar do problema, ou melhor, da boa ação. Com essas ações da Lagoa Grande, Rocinha, a violência lá foi reduzida em 80%, então é preciso ter uma Secretaria de Segurança da Cidade. Não é o número de secretarias e sim a eficiência delas”.
Conselhos de Desenvolvimento econômico e Desenvolvimento Social
O postulante à prefeitura diz que vai criar macros conselhos municipais em Feira de Santana
“No meu governo será construído dois grandes Conselhos de Desenvolvimento Econômico e um Conselho Geral de Desenvolvimento Social. Podem me cobrar isso! Em alguns momentos a gente vai reunir esses dois conselhos juntos, mas a gente vai ter que ter uma ação concreta na geração de emprego, renda e desenvolvimento na cidade que é a maior tarefa do mundo hoje é a geração de emprego e renda. Nesse mundo moderno que estamos vivendo essa inclusão, além do emprego está ficando mais escasso, ele também está perdendo o valor. No mundo inteiro há uma redução de ganhos salariais. No lado da ação social também temos que saber que precisa ser tratada em todos os seus aspectos, então pode ter certeza que nós vamos conseguir essa reforma administrativa ouvindo a população que sempre foi uma marca minha”.