sexta-feira, novembro 15, 2024
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Casos de inflamações auditivas podem aumentar cerca de 70% no Verão

Engana-se quem pensa que está a salvo de problemas auditivos na estação mais festiva do ano por causa das temperaturas mais elevadas. Apesar de ser um sinônimo de diversão para os brasileiros de forma geral, o Verão também requer atenção redobrada quando o assunto é saúde auditiva porque muita gente recorre às praias e piscinas nesta época para se refrescar do calor. De acordo com o otorrinolaringologista André Apenburg, os casos de inflamação ou infecção no ouvido (otites) aumentam em cerca de 70% nesta época do ano e, na maioria das vezes, são desencadeados por estas práticas, quando não realizadas de forma cuidadosa.

“O contato frequente e prolongado do ouvido com a água pode gerar pequenas lesões na pele que reveste o conduto auditivo, removendo a cera, que é a proteção natural contra a ação de bactérias e fungos. Sem ela, o ambiente fica propício à proliferação desses micro-organismos, gerando desconfortos ao paciente, como dor local, diminuição da audição, zumbido, sensação de pressão ou água nos ouvidos, dentre outros”, detalha o especialista.

Ainda de acordo com o otorrinolaringologista, os tipos mais comuns de otites são a externa, causada na maioria das vezes pelo contato excessivo com água de praia e piscina, afetando principalmente crianças e bebês, e a média, que atinge o ouvido de forma mais profunda, afetando a região do tímpano e os ossículos que fazem parte do ouvido.

Para maior segurança, o diagnóstico da otite é feito preferencialmente por um otorrinolaringologista, profissional indicado também para recomendar o melhor tratamento que, na maioria das vezes, inclui uso de antibióticos e antifúngicos, os quais são aplicados diretamente no ouvido, associados ou não a medicações por via oral. O otorrinolaringologista afirma que o paciente não deve se aventurar na automedicação e lista algumas dicas para evitar o problema.

– Não nadar nem mergulhar em águas poluídas.

– Fazer uso de protetor auricular ou tampão de ouvido para impedir a entrada de água no ouvido.

– Evitar impacto do ouvido contra a água durante o mergulho.

– Utilizar toalha limpa e seca nos ouvidos após nadar, mergulhar e até mesmo durante o banho.

– Não introduzir cotonetes, grampos ou outros objetos no canal externo do ouvido.

– Procurar auxílio médico para a orientação sobre a melhor forma de tratamento e investigação de qualquer persistência de sintomas desconfortáveis.

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