‘5 Segundos’: espetáculo volta a cartaz em curta temporada em Salvador e Feira de Santana, estrelado por Felipe Velozo, foi assistido por mais de 6 mil pessoas, desde 2019 e retrata os desafios pessoais e coletivos da guerra, a linha tênue entre ganhar e perder, de sucumbir ou sobreviver é sobre estabelecer diálogo mesmo em situações mais improváveis.
“5 segundos” voltou a cartaz no mês de outubro de 2023, com apresentações em Feira no dia 27/10, o elenco se apresentou no Centro Cultural Amélio Amorim, em duas sessões, com casa cheia. A peça utiliza a arte para compreender e discutir a tensão que conduz os povos à luta armada. A partir da história real de um soldado baiano, a peça retoma o debate sobre os motivos que levam as nações à guerra e os personagens que fazem parte deste conflito.
A peça está em cartaz desde 2019 e já foi assistida por mais de seis mil pessoas.
“Eu tenho muito carinho por Feira de Santana, parte da minha família moram aqui, trabalham há anos aqui em Feira e é com enorme felicidade ser recebido com casa lotada. Isso mostra a relevância do teatro na vida e na cultura das pessoas. Segundos é um espetáculo que estreou em 2019, e a gente vem tendo uma carreira muito bem aceita pela crítica e pelo público. O Amélio Amorim é um teatro incrível, histórico, grandes nomes da cultura do nosso país passaram por aqui. Eu que estou engatinhando na carreira, tenho apenas 15 anos de carreira, estar aqui sem ser recebido com tanto acolhimento me causa muita alegria”, diz Felipe Velozo em entrevista ao Portal MF.
O intérprete esclarece que 5 Segundos é um espetáculo baseado em fatos reais, conta a história de um soldado baiano que foi para a segunda guerra mundial e que o autor desse espetáculo.
“Ricardo Carvalho, que assina a direção com Alan Miranda e Daniel Arcades, conheceu essa pracinha da peça. O Ruy. Ele conta que quando encontrou esse soldado alemão, por 5 segundos, a vida dele toda passou na frente. A frase que dá origem a esse espetáculo é quando ele fala: ‘Prefessor, a guerra é uma desgraça! Eu não queria matar, mas não queria morrer, aqueles 5 segundos a minha vida toda passou pela minha frente’. Isso é uma dramaturgia muito profunda, uma peça que fala, inclusive, sobre diálogo. Dois homens de cultura, de origens, desejos, anseios e sofrimentos diferentes. Entretanto que se permitem ouvir um ao outro. Uma das grandes mensagens que o espetáculo deixa e é por isso que a gente vem impactando tantas vidas”, contou o ator.
Conheça o ator: O jovem ator com 15 anos de trajetória artística, interpretou o bancário Tomás em “Mar do Sertão”, novela das 18h da TV Globo, e segue no ar como o jogador de futebol Neto da série “Família Paraíso”, também na TV Globo, o lutador Coyote e a prostituta Dalva em “Vale dos Esquecidos”, série da HBO e o policial Marlon em “Eleita”, nova série da Amazon.
Ele também atua, em “Irmãos Freitas”, série de Sérgio Machado,Aly Muritiba e Walter Salles, disponível na Amazon. Em 2021, Velozo chegou aos cinemas com os filmes “Marighella”, de Wagner Moura, “Perros”, sua primeira parceria internacional,com roteiro e direção da cineasta argentino Kris Niklison e “Sol” de Lô Politi. Felipe Velozo já se apresentou em grandes palcos do Brasil como Teat(r)o Oficina, Theatro Municipal de São Paulo e Teatro Castro Alves. Durante sua formação, o ator trabalhou grandes nomes da dramaturgia.
Lei Paulo Gustavo: O astro reflete sobre as leis de incentivo cultural que caracteriza indispensáveis elementos transformadores sociais e cita a Lei Paulo Gustavo, como marco no resgate da promoção cultural no país.
“Eu acho indispensável o incentivo à cultura no fomento público, seja ele federal, estadual ou municipal. A cultura é a mola motriz de uma sociedade onde tudo muda e não falo isso porque sou artista, pode pegar qualquer exemplo de nações do mundo, onde a cultura é tratada como objeto prioritário do desenvolvimento social. A Lei Paulo Gustavo, assim como os fundos de cultura, é indispensável para formação cultural, social, ideológica de um país. Falo isso antes de tudo por ser um cidadão. Acho indispensável leis de incentivo e que bom que temos a Lei Paulo Gustavo e que siga cada vez mais com incentivos. Agora, graças a Deus, temos novamente um Ministério da Cultura, com uma Ministra. Isso retoma a relevância desse setor para uma sociedade, acredito sim que a educação, junto com a arte é fundamental para o desenvolvimento da sociedade”, defende.