sexta-feira, novembro 29, 2024
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Itamar Vieira Junior lotou o Teatro do Sesc no primeiro dia da Flifs

O Teatro do Sesc Comércio de Feira de Santana ficou lotado na tarde desta terça-feira (26) para prestigiar o autor Itamar Vieira Junior. O escritor de ”Torto Arado” e ”Salvar o Fogo” participou de um bate-papo com a professora aposentada da Uefs Maria Helena Besnosik no primeiro dia da 16ª edição da Feira do Livro / Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs). Vencedor dos prêmios LeYa (2018), Jabuti (2020) e Oceanos (2020), Itamar falou sobre construção das personagens, processo criativo e relação com os leitores. Ao final, o público ainda permaneceu no espaço para o momento de autógrafos.

Geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Itamar falou sobre os escritores que marcaram a infância e adolescência do autor e que permanecem como referências. “Meu primeiro contato com a literatura foi com a Brasileira, com autores como Lúcia Machado de Almeida e Marcos Reis. Depois, mesmo sem ter leitores em casa, eu ia tateando. Com 10 anos eu li, por exemplo, Machado de Assis, Eça de Queiroz e José Lins do Rego. Eu lia por paixão e não por obrigação. Mais tarde comecei a ler Guimarães Rosa e também me identifiquei”, afirmou.

Sobre a participação em eventos literários, o premiado escritor destacou a importância dos encontros para difusão da Literatura Brasileira, fomento à leitura e movimentação da economia, além da relação mais próxima com os leitores. ”Esse contato com os leitores é importante. Eu acho que a literatura é essa engrenagem que envolve autor, que envolve leitor e é sempre importante observar o que os leitores interpretaram sobre essas histórias’‘. Esta foi a segunda participação de Itamar Vieira Júnior na Flifs; a primeira foi em 2019.

Foto: Bernardo Bezerra e Edvan Baorosa – Ascom Uefs

Para a professora Maria Helena Besnosik, a conversa com o escritor foi interessante porque ”não ficou concentrada só nas obras dele, mas no Itamar escritor, no Itamar leitor, no Itamar de referência, no Itamar que traz vários temas para serem colocados nas obras e no cotidiano e falando sobre a importância da literatura na vida da gente”. Ela ainda acrescentou que ”essas conversas com os escritores ampliam também o nosso leque em relação à literatura. Então eu acho que é muito importante trazer esses autores. Quanto mais, melhor”.

A Flifs segue até domingo na Praça Padre Ovídio. Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, o Festival Literário deste ano tem como tema ”Literatura e sertão: o bicentenário da independência da Bahia no Brasil” e homenageia o artista plástico Juraci Dórea e o poeta popular Chico Pedrosa. Outras informações e a programação completa estão disponíveis no site www.flifsoficial.uefs.br.

Com informações da Ascom da UEFS

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