sexta-feira, setembro 20, 2024
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Exposição à fumaça do cigarro pode levar ao desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas

O tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina. No entanto, a saúde do pulmão, órgão mais importante do sistema respiratório, também pode ser prejudicada pela exposição à fumaça do tabaco, podendo desencadear doenças do aparelho respiratório, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer no fumante passivo.  

No Brasil, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais é de 9,1%, como aponta a pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) em 2021. E em média, cerca de 50 doenças são desenvolvidas pela exposição à fumaça do tabaco. Entre as doenças, estão mais de 12 tipos de câncer, como o de pulmão, laringe, dentre outros.  

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão. A fumaça do tabaco também pode desencadear doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, aneurismas e acidente vascular cerebral (AVC). E o mais alarmante é que o tabaco pode acarretar doenças não apenas para o fumante ativo, aqueles que não fuma, os fumantes passivos, também correm riscos ao dividir ambiente com quem faz o uso do cigarro e, consequentemente, inala a fumaça.  

Doenças Pulmonares são mais comuns em fumantes  

Outras doenças que acometem esse público é a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, doenças diferentes, mas que normalmente são diagnosticadas juntas em um mesmo paciente. “Na bronquite crônica há inflamação e formação de secreção nos brônquios levando a tosse e a dispneia. No enfisema há uma destruição da menor porção dos pulmões que chamamos alvéolos e impedindo a troca do oxigênio e gás carbônico, com muitas consequências para a saúde em todo o organismo, podendo levar a doenças cardíacas”, informa a radiologista Dra. Rúbia Campos.  

Caso não sejam tratadas adequadamente, a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, podem evoluir para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os fumantes têm 90% de chance de desenvolver a DPOC. Os principais sintomas da doença são a redução persistente do fluxo de ar e tosse, acompanhada de expectoração com muco. Se não tratada, a enfermidade pode se agravar, gerando risco de vida para o paciente.   

A DPOC é uma doença que acomete cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, a doença é silenciosa e de lenta evolução, fator que faz com que passe despercebida, já que os sintomas aparentes começam a aparecer, normalmente, a partir dos 50 anos.  

Exames de imagem são essenciais para diagnóstico  

A doença pode ser diagnosticada logo no início, a partir do teste de sopro e de exames de imagem. “Quando presente o hábito de fumar, o exame clínico e a espirometria, permitem ao pneumologista fazer o diagnóstico e implementar o tratamento”, afirma Campos. A espirometria é um exame realizado a partir do espirômetro, onde o paciente deve soprar algumas vezes e de diferentes formas, para que o aparelho faça a leitura do ar soprado e apresenta o resultado. A espirometria é indicada para pacientes com sintomas respiratórios.   

Além dos exames, a Tomografia Computadorizada tem um papel importante para quantificar o enfisema, excluir outras complicações pulmonares e, fundamentalmente, buscar um diagnóstico precoce do câncer de pulmão com chances de cura. “No IHEF Clínica de Imagem, em Feira de Santana, o exame é realizado através de um feixe de raios-X disparado e captado como numa fotografia, a imagem é analisada por um computador com base na densidade de cada órgão e tecido expostos aos raios X. Os pacientes que possuem entre 55 e 80 anos devem repetir a tomografia a cada 12 meses”, explica a profissional.  

Por mais que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica não tenha cura, existem tratamentos com medicamentos e fisioterapia que podem aliviar os sintomas. Deixar de fumar e evitar exposição à fumaça, sendo às provenientes do tabaco ou de outros componentes químicos, são alguns dos métodos de prevenção indicados contra a DPOC. “O que desejamos é que todos parem de fumar, façam o tratamento para controle da bronquite e enfisema e o rastreamento do câncer para podermos diagnosticar precocemente, alcançando cura”, finaliza a especialista.  

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